22 de janeiro de 2010

Brasões do desânimo

Quase acreditei nas montanhas
intocáveis por intempéries,
por algum gesto abrupto,
estúpido. Ou quedas.
Quase atingi a lascívia das sombras,
a naturalidade das ervas nas ranhuras
e eram pedras fabricadas em série.

Quase avistei o sol, quase
consumei o estupro, as cevas,
mas era falsa a embalagem.
Quase dormi de madrugada,
quase passei pela calçada.
Quase era palmeira na vereda.
Abandonei as pequenas estufas,
não me aventurei pelos pântanos.
Quase enfrentei o gesto de animar.

Quase meu nervo foi tocado
por toque voraz, inseto, torquês,
palavras, a ponta de taquara
a escapar de um cesto.
Não houve anúncios, ombros,
os gestos de enfurecer o sangue.
Quase tive a chuva na janela,
os ginetes reais, os javas,
os paramentos sobre os lumbagos.

Trafalgar, folguedos em Tordesilhas.
Todas as naus com especiarias, algas
no reluzir, cobres, pratas
de tremeluzir apagado em zinabre.
Quando pude, alcançou-me a lascívia
do chocho, do desânimo, da ferrugem.

Não era mais a estrada de Aquidauana,
de onde as colônias animavam
o luxo, a lascívia das nações. Brasões
de ouro não pus, não pus
bandeiras nos umbrais.
P
us mãos bordadas de escravidão
na fundura das braguilhas.
Agora o pus do desânimo das palavras.

20 de janeiro de 2010

Os grãos ainda em sonolência
o granjeiro a tocá-los
com o estrume virgem das mãos
A distância das línguas férteis
em desconexas sílabas e engrenagens
Antes não fossem os reinos
ou as ostras a gerar riquezas
Antes não fossem as perdas
herdadas por algumas bocas
às quais os grãos se negam
e às quais se negam os sais
as sílabas os minerais de um calor

A permitida esgrima
com o esquecimento
Não aconteceria o chulo
a semente ressecada, a ova nula
Não aconteceria a penhora
os grãos triturados de uns seios
Antes não fosse o companheiro
numa viagem, numa visita
O companheiro sem estrume
sem ganas de dizer
sem ganas de ganhar um lírio
Antes não fosse o reino
das ostras incivis
a negar, a não permitir
o estoque da riqueza

São muitos os reinos
Os de Pascal, os dos grãos no estrume,
os de um país de muitas roupas íntimas
Ai! os reinos da lombalgia
Antes fossem os reinos
das ostras da civilidade

18 de janeiro de 2010

Blues por Scorsese


Por acaso, ao ir a um shopping, comprei numa pechicha de uma lonja de departamentos, o dvd "A história do Blues", documentáiro de Martin Scorsese. Fui averiguar e pude apurar que o dvd é relançamento, pois já esteve em catálogo em outras oportunidades.Trata-se de um concerto ao vivo na Radio City Music Hall, reunindo as lendas vivas do blues, com presença de novos. A abertura, com Anjelique Kidjo, é hilária. Ela canta uma música de raiz africana — eu que já gosto dela cantando music world. No dvd, o som está ótimo; a seleção dos músicos, incomperável; a imagem, digna de Scorsese, que já filmou documentário sobre Bob Dylan (também imperdível) e turnê dos Rolling Stones. Vou ficar revendo. E ouvindo. "Me enterre com uma pá de prata". "Eu odeio o sol de pondo..."

Leitura 2010

O texto abaixo foi produzido especialmente para o Jornal Opção, publicado em Goiânia. O texto, que saiu da edição desta semana, responde a enquete anual do jornal sobre o programa de elitura para 2010. Agradeço ao poeta Carlos Willian Leite a lembrança de meu nome para a enquete:

......
Es­cre­vo da­qui de Sil­vâ­nia es­tas re­fle­xões so­bre os meus pro­je­tos de lei­tu­ra em 2010, num mo­men­to em que as pe­que­nas ci­da­des vi­vem o apa­gão cul­tu­ral, quan­do se de­via es­pe­rar o con­trá­rio: cres­ci­men­to das ins­ta­la­ções pa­ra a prá­ti­ca da cul­tu­ra, tais co­mo ci­ne­mas, te­a­tros, bi­bli­o­te­cas, com igual con­sci­en­ti­za­ção da po­pu­la­ção pa­ra a prá­ti­ca e uso des­tes bens; quan­do a ju­ven­tu­de tam­bém po­de­ria es­tar fa­zen­do seus pro­je­tos de lei­tu­ras e de com­pa­re­ci­men­to a ou­tros ti­po de es­pe­tá­cu­los. No en­tan­to.

No en­tan­to, res­tam ape­nas as ins­ta­la­ções pa­ra o al­co­o­lis­mo e os pe­que­nos mon­tes de pe­dras nas vi­as pú­bli­cas pa­ra os jo­vens e cri­an­ças, em seu aban­do­no cul­tu­ral, fi­ca­rem sen­ta­dos à es­pe­ra de na­da. Po­di­am es­tar sen­ta­dos pe­lo me­nos com al­gum li­vro na mão. Aqui mes­mo em Sil­vâ­nia, bem na pra­ça pú­bli­ca — um bem pú­bli­co — es­tá ins­ta­la­do o gran­de bo­te­co pú­bli­co. De­ví­a­mos as­sis­tir no lo­cal à prá­ti­ca de fol­gue­dos, apre­sen­ta­ções mu­si­cais, ci­ne­ma vo­lan­te, exer­cí­cios fí­si­cos. E a pro­mo­to­ria pú­bli­ca nem vê is­so. As­sis­ti­mos, por­tan­to, em pra­ça pú­bli­ca, a cul­tu­ra bár­ba­ra da gri­ta­ria, do le­van­ta­men­to de co­po e do in­cen­ti­vo à pros­ti­tu­i­ção da ju­ven­tu­de. As­sim, va­mos as­sis­tin­do à apren­di­za­gem da in­ci­vi­li­da­de. O ca­mi­nho da ci­vi­li­da­de se cons­trói com a boa ação pú­bli­ca cul­tu­ral, que se de­di­ca à cons­tru­ção de bens cul­tu­ra­is. A in­ci­vi­li­da­de acei­ta a cor­rup­ção e a pros­ti­tu­i­ção. Pe­ço per­dão pe­lo exem­plo de Sil­vâ­nia — ci­da­de on­de de­sen­vol­vi a apren­di­za­gem da lei­tu­ra e li gran­des li­vros na bi­bli­o­te­ca pú­bli­ca, mas é o exem­plo que te­nho em mãos no mo­men­to em que fa­ço es­tas re­fle­xões. Exem­plos idên­ti­cos se re­pe­tem, em to­das as pe­que­nas mu­ni­ci­pa­li­da­des bra­si­lei­ras. Por­tan­to.

Por­tan­to, as Se­cre­ta­rias de Es­ta­do de Cul­tu­ra pre­ci­sam cri­ar uma car­ti­lha pa­ra ori­en­ta­ção das pre­fei­tu­ras na ação vol­ta­da pa­ra a ins­tau­ra­ção da cul­tu­ra em su­as co­mu­ni­da­des. A prá­ti­ca da cul­tu­ra é a ação mais ba­ra­ta da ad­mi­nis­tra­ção, pois de­pen­de mais da mo­bi­li­za­ção da po­pu­la­ção do que da cons­tru­ção de pré­di­os pú­bli­cos. Ain­da re­cen­te­men­te, as­sis­ti­mos o no­ti­ci­á­rio so­bre a me­lho­ria do en­si­no no mu­ni­cí­pio de São Luíis do Nor­te (GO), con­for­me apu­ra­do pe­lo IDEB, atra­vés da re­a­li­za­ção de noi­tes de pi­ja­ma pa­ra os es­tu­dan­tes le­rem po­e­sia. Pe­las de­cla­ra­ções da se­cre­tá­ria de Cul­tu­ra, nin­guém sa­bia ini­ci­al­men­te da im­por­tân­cia do pro­je­to. Acre­di­to que a ad­mi­nis­tra­ção não te­ve de des­pen­der um cen­ta­vo pa­ra es­ta pro­gra­ma­ção. Quan­tas ou­tras ações po­dem ser fei­tas de for­ma idên­ti­ca — ses­sões de ci­ne­ma, nem que se­ja em te­le­vi­são; gru­pos de te­a­tro, de es­tu­do! E dei­xa­mos pa­ra a ju­ven­tu­de ape­nas a op­ção pe­lo es­tu­pro. Ima­gi­ne­mos.

Ima­gi­ne­mos os es­for­ços pa­ra que a ju­ven­tu­de crie agre­mia­ções de ação cul­tu­ral, de clu­bes de lei­tu­ra, de gru­pos de de­ba­te de ci­ne­ma. Is­so nu­ma ima­gi­na­ção ras­tei­ra, pois a ad­mi­nis­tra­ção po­de ima­gi­nar mui­to mais. Ima­gi­ne­mos: bi­bli­o­te­cas vo­lan­tes. Só po­de­mos pen­sar que há uma in­ci­vi­li­da­de na ad­mi­nis­tra­ção da cul­tu­ra. Pa­ra que o de­sen­vol­vi­men­to de pro­je­tos ba­ra­tos se nos pro­je­tos ba­ra­tos a por­cen­ta­gem da cor­rup­ção é me­nor? A ju­ven­tu­de no ócio, no de­sâ­ni­mo, no des­per­dí­cio da for­ma­ção dos ho­mens do fu­tu­ro, en­quan­to is­so.

En­quan­to is­so acon­te­ce, com pre­vi­si­bi­li­da­de de um Pa­ís em di­fi­cul­da­de pa­ra cons­tru­ção de sua ri­que­za em ra­zão de fu­tu­ros ho­mens do­en­tes pe­lo al­co­lis­mo e pe­la au­sên­cia de cul­tu­ra, te­nho de de­sen­vol­ver o meu pro­je­to so­li­tá­rio de lei­tu­ra pa­ra 2010, que cer­ta­men­te es­ta­rá mui­to dis­tan­te das pos­si­bi­li­da­des da ima­gi­na­ção e do de­se­jo da ju­ven­tu­de do meu Es­ta­do de Go­i­ás, por que não, do meu Pa­ís.

Eu po­de­ria di­zer que vou re­ler “O Pe­que­no Prín­ci­pe”, de Exu­péry; “A Me­ta­mor­fo­se”, de Kafka; “O Vis­con­de Par­ti­do ao Meio”, de Ita­lo Cal­vi­no; mas es­tes li­vros já re­li vá­ri­as ve­zes. Mas fi­cam aí co­mo uma pos­si­bi­li­da­de de vi­rem a in­te­grar to­das as bi­bli­o­te­cas dos pe­que­nos mu­ni­cí­pios, as­sim co­mo tam­bém pos­sam in­te­grar às bi­bli­o­te­cas os li­vros da sé­rie “Harry Pot­ter” e “Cre­pús­cu­lo”. Te­mos de ofe­re­cer à ju­ven­tu­de aqui­lo que ela de­se­ja ler. Até nós, es­cri­to­res, le­mos aqui­lo que es­co­lhe­mos. Não le­mos só por obri­ga­ção, mas so­bre­tu­do pe­lo cha­ma­men­to do pra­zer e do ins­ti­ga­men­to da pu­bli­ci­da­de. A lei­tu­ra que me dá pra­zer nem sem­pre se­rá de en­tre­te­ni­men­to ou de in­te­res­se pa­ra a for­ma­ção de ou­tro. É ló­gi­co que há lei­tu­ras obri­ga­tó­ri­as pa­ra to­dos, in­de­pen­den­te da for­ma­ção ou do in­te­res­se de ca­da um, tal co­mo “Raí­zes do Bra­sil”, de Sér­gio Bu­ar­que de Hol­lan­da, pois te­mos de com­pre­en­der a for­ma­ção da bra­si­li­da­de. Tan­to aca­ta­men­to de des­man­dos tem acon­te­ci­do por in­com­pre­en­são da pró­pria bra­si­li­da­de. Na po­lí­ti­ca, te­mos de pa­rar de per­do­ar o cri­me e a in­ci­vi­li­da­de da cor­rup­ção, e tal­vez até mes­mo da tor­tu­ra. Fi­ca sem­pre a cren­ça de que o cor­rup­tor se­rá anis­ti­a­do. Aguar­da­mos an­sio­sos a apro­va­ção, em 2010, do pro­je­to que trans­for­ma a cor­rup­ção em cri­me he­di­on­do. Mas, en­fim.

Mas, en­fim, sei que vou ler mui­ta po­e­sia go­i­a­na no iní­cio de 2010, pois es­tou or­ga­ni­zan­do uma an­to­lo­gia da po­e­sia de Go­i­ás pa­ra a 2ª Bi­e­nal In­ter­na­ci­o­nal de Po­e­sia da Bi­bli­o­te­ca Na­ci­o­nal de Bra­sí­lia. Co­me­cei por Leo Lynce e Yê­da Schmaltz. Co­mo­ven­te a lei­tu­ra da po­e­sia de Yê­da Schmaltz, que tem uma das obras mais vas­tas na bi­bli­o­gra­fia da po­e­sia go­i­a­na ao la­do de Ga­bri­el Nas­cen­te.

Na pri­mei­ra se­ma­na de 2010, li “As Ilhas”, de Gre­ni­er, que aca­ba de sa­ir pe­la edi­to­ra Pers­pec­ti­va. Es­cre­vi uma mí­ni­ma no­ta em meu blog ma­ni­fes­tan­do ra­pi­da­men­te as mi­nhas im­pres­sões so­bre es­te li­vro. Sem ele, não exis­ti­ria “O Es­tran­gei­ro”, de Ca­mus. A obra de Ca­mus vem daí e de “Moby Dick”, de Mel­vi­le, que é um li­vro mai­or dos mai­o­res. “As Ilhas” é uma obra de pou­ca re­per­cus­são na his­tó­ria li­te­rá­ria, mas é po­é­ti­co e de­mo­li­dor.

Já es­tou len­do “2666” — ro­man­ce pós­tu­mo do chi­le­no Ro­ber­to Bo­la­ño, em edi­ção do Cír­cu­lo de Lectores, da Es­pa­nha (www.cir­cu­lo.es). A tra­ma gi­ra em tor­no de três ou qua­tro per­so­na­gens que ad­mi­ram um es­cri­tor fic­tí­cio. É o pri­mei­ro li­vro que leio de Bo­la­ño. Ape­sar de “De­te­ti­ves Sel­va­gens” ser con­si­de­ra­do sua obra-pri­ma, pre­fe­ri co­me­çar pe­la ro­man­ce pós­tu­mo. Gos­to da in­com­ple­tu­de nas obras li­te­rá­ri­as, pois sem­pre me ati­çam a cu­ri­o­si­da­de de ima­gi­nar co­mo se­ria a obra con­cluí­da den­tro do de­se­jo e do tra­ba­lho do au­tor, por is­so mi­nha pai­xão por “Al­mas Mor­tas”, de Go­gol, e “O Ho­mem Sem Qua­li­da­des”, de Mu­sil. Mas sin­to que vou gos­tar de Bo­la­ño.

Sem­pre gos­tei da fic­ção vo­lu­mo­sa, dos gran­des pai­néis: “O Tem­po e o Ven­to”, de Eri­co Ve­ris­si­mo; “O Dom Si­len­cio­so”, de Sho­lokhov; “Guer­ra e Paz”, do Tols­tói. Por is­so, em 2010, ima­gi­no que vou ler al­gum ro­man­ce cau­da­lo­so. Não sei se le­rei em 2010 a tri­lo­gia “Jo­sé”, de Tho­mas Mann; ou “Os Mi­se­rá­veis”, de Vic­tor Hu­go; mas cer­ta­men­te le­rei “O So­nho do Pa­vi­lhão Dou­ra­do”, do chi­nês Xao (ou Cao) Xu­e­qin, na edi­ção que já en­co­men­dei tam­bém ao Cír­cu­lo de Lectores. Ain­da não te­mos edi­ção dis­po­ní­vel em por­tu­guês des­ta obra, que era da pre­di­le­ção de Bor­ges. Tra­ta-se da mai­or no­ve­la chi­ne­sa, es­cri­ta nos me­a­dos do sé­cu­lo 17, e re­tra­ta a de­ca­dên­cia feu­dal da­que­le Pa­ís. Foi es­cri­ta em 120 ca­pí­tu­los, que es­tão dis­tri­bu­í­dos em mais de 2 mil pá­gi­nas. Dá im­pres­são de ser uma obra in­con­clu­sa, pois há in­for­ma­ções que Xao Xu­e­qin te­ria es­cri­to en­tre 80 e 110 ca­pí­tu­los e ou­tro au­tor te­ria es­cri­to o res­tan­te. Até so­bre “O Dom Si­len­cio­so” pai­ra dú­vi­das so­bre a au­to­ria, pois Sho­lokhov te­ria rou­ba­do os ori­gi­nais de um sol­da­do bran­co du­ran­te a Re­vo­lu­ção Rus­sa. E as­sim vai se cons­tru­in­do o mi­to em tor­no das gran­des obras.

Co­mo te­nho li­do to­dos os li­vros de Ya­su­na­ri Kawa­ba­ta, le­rei com cer­te­za em 2010 o ro­man­ce “O Som da Mon­ta­nha”, que aca­ba de sa­ir pe­la Es­ta­ção Li­ber­da­de, que vem edi­tan­do no Bra­sil as obras des­te No­bel ja­po­nês. Tra­ta-se do ro­man­ce que con­clui a “tri­lo­gia dos sen­ti­men­tos”. As gran­des obras sem­pre tra­zem vi­és crí­ti­cas em­bu­ti­das ne­las — pois ne­nhu­ma se re­a­li­za pe­lo que é pu­ra­men­te lin­gua­gem. As­sim co­mo “O So­nho do Pa­vi­lhão Dou­ra­do” re­fle­te so­bre a de­ca­dên­cia feu­dal da Chi­na, es­te Kawa­ba­ta, além do te­ma re­cor­ren­te do su­i­cí­dio na li­te­ra­tu­ra ja­po­ne­sa, tra­ta da de­ca­dên­cia mo­ral do Ja­pão do pós-guer­ra.

As­sim, pos­so de­du­zir que me de­te­rei, em mi­nhas lei­tu­ras de 2010, no opor­tu­no te­ma da de­ca­dên­cia. Res­ta a es­pe­ran­ça de que, nos pró­xi­mos anos, ve­nha­mos a ter a opor­tu­ni­da­de de ler uma obra bra­si­lei­ra — se­ja ro­ma­nes­ca ou de in­ter­pre­ta­ção his­tó­ri­ca — cri­ti­can­do a de­ca­dên­cia de nos­sa atu­al so­ci­e­da­de, que es­tá en­fren­tan­do cres­ci­men­to eco­nô­mi­co, mas des­pre­pa­ra­da pa­ra con­vi­ver com a cul­tu­ra e com a res­pon­sa­bi­li­da­de ad­mi­nis­tra­ti­va.

5 de janeiro de 2010

Grenier

Já justifiquei as minhas férias com a leitura de "As ilhas", de Jean Grenier — lançamento da Perspectiva. Sem este livro, admirado por Albert Camus, não existiria "O estrangeiro". Não sei o que é mais demolidor — Schopenhauer ou Grenier. OU o tal do "Tao".

RETRATO, poema de Antonio Machado

Traduzi para meu consumo o poema "Retrato", do espanhol Antonio Machado. Trata-se de um dos poetas de minha predileção, assim como...