8 de outubro de 2006

Reformulei um poema que está postado abaixo. Será que melhorou?

Estive com convivas nas esquinas
Gafanhotos agarrados às folhas de milho
e homens disputavam decisões do destino
Estive nas estradas de Muquém
aquém de mim viviam os milagres

De Anicuns trago novos bordados
serragem, serradões trago das trilhas
e nas roupas desmanchadas gotas de orvalho
Aprendi novas fisgadas em Aruanã
Trago o brilho das fiadas de peixes
Outros trajetos de nuvens
jeitos de ver a nudez, luzir as louças
Outras descidas aos poços das barras
As caixetas feitas com zelo
pus no bornal em Santa Luzia

Vamos fazer greves nas esquinas
Vamos às barras colher embiras
Sangrei em todas as trilheiras
Volto de Anicuns, de Palmira
das cheias altas, das estivas
De Floripa vêm ripas de gelo
De Palmelo, a loucura nos cabelos
Com desertos da morte eu estive
larvas brancas, esconderijos de sal

Um comentário:

  1. o que é mais dificil para um poeta? Decidir finalizar uma poesia? ou se controlar para não se ver envolvido na reformulação dela?

    ResponderExcluir

Salomão Sousa sente-se honrado com a visita e o comentário

A chave de ouro de Fernanda Cruz

Eu falaria sobre todas as nuvens, sobre todos os poetas, sobre todos os gravetos, da utilidade e da inutilidade de tudo que podemos enxergar...