Faleceu nesta terça-feira (2.2.2011) o poeta Reynaldo Jardim. Não fomos daqueles amigos de carteirinha, mas sempre nos encontrávamos nos eventos culturais e nas paradas de ônibus aqui em Brasília Brasília. É vasta a informação disponível na internet sobre este poeta extaordinário, que continuarei admirando pela eternidade. Eternidade é aquilo que não morre — e aí ficarão a lembrança e a poesia de Reynaldo Jardim.
Já escrevi a minha árvore / no papel de puro asfalto.
Já plantei os filhos meus / nas terras di sibressalto.
Já dei à luz as palavras / plantadas no corpo e alma.
E cumprindo meu destino/ restauro com toda calma
o carma que vou levando / lavando bem minha alma
Meu relatório final / que não salva, nem perdoa
à toa na praia e selva / na volúpia da garoa
sangrando mel, faca fria/
bem temperada alegria / na rebelião mais cruel.
A noite desova o dia / a vida faz seu papel
A poesia é meu território, e a cada dia planto e colho grãos em seus campos. Com a poesia, eu fundo e confundo a realidade. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento)
3 de fevereiro de 2011
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