10 de fevereiro de 2011

O everest em que me descubro
partido em cubos,
em pinos de mim mesmo.
Pousa só a áspide do gelo,
só o sopro do cuspe do vazio.
Cansar de estar no alto,
de estar no frio.
Após, em espamarrar,
atravessar um osso,
encobrir uma carne justa.
Esquartejar tuas grândulas
em ofertantes chakras.
Descascar cores, tintas
dos pontos que me encostas,
dos cimos que te elevam.
O meio anda revolto,
cimo que se cansa
de ficar tão longe,
em espasmos contra a secura.
Aguardo o estado
em que estarei exânime.
Nas tonturas que dizes
sou aprendiz de tantras,
de cravos agarrados em sangue.

Um comentário:

  1. Passando nessa quinta para
    ler seus lindos versos.
    Aguardo voce la em nosso espaço.
    Bjins entre sonhos e delírios

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