Voltei ao cinema. Desta vez para assistir o documentário "Tropicália", acompanhado dos amigos Poesia Iberoamericana Antonio Miranda
e Zenilto. O filme se destaca pela recuperação de imagens do movimento,
principalmente de Caetano Veloso cantando "Asa Branca" - ponto altíssimo do
filme, junto com o depoimento de Tom Zé. O cinema estava vazio, mas será
que a juventude terá interesse em participar
criticamente dos movimentos artísticos e momentos históricos do País? A tropicália
se deu num instante em que a juventude queria participação, queria
produzir. Hoje em dia a coisa tá melancólica. Fui à pecuária de Silvânia
e fiquei entristecido. Até julguei que na cidade não tenha promotoria. Como é que as autoridades permitam que as famílias
tenham de participar de shows construídos só com palavrões e músicas do
mais baixo (deixa pra lá). Olha, essa música "minha capirinha está com
cheiro de..." é vergonhosa. Os eventos custeados com dinheiro público
devem ser melhor monitorados na qualidade, e em condições que não tenham
de merecer censura! Ai, sodades da tropicália, do Clube da Esquina, da
resistência de Chico Buarque!
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Salomão Sousa sente-se honrado com a visita e o comentário