Atrás de um balcão, das raias
da inquietude das horas enfermas,
não vais negar o colo
ao que vai se apresentar
para os ensinamentos reais
que desejas acumular com as escolhas,
com as escoltas, escutas insuspeitas,
com exigências de identificação,
de relatorias solidárias ao conteúdo.
Tens fixos teus itinerários
em que remas e rememoras,
sem que exijas do imaginário
que transita na aflição
de outro que circula,
que irá apresentar elementos
para a ficha reguladora,
o óleo para o forno dos ícones,
registros heroicos em cera
nas tábuas da memória.
Tens suspiros em que sorves
uns ventos, uma saliva,
pó em acúmulo nas peles,
em que ressopras na opressão do fôlego.
Pensas em penetrações,
pregos de cabeça cônica, ogivas
que se acasalam em aéreos
espaços longínquos da neve.
Pensas em dessorar os ovos goros,
as horas podres, os odres
que agora alguém enche
numa periferia de aldeia. Pensas
no aldeão a esvaziar as tetas.
Em reservar rumos
à rotatória dos astros,
em companhias para tuas
hibernações, saturnais
em câmaras quentes, quase
acúmulo de ossos, reservados
raios de sol para depois
do despojo, da orquestração
que o horário nobre não vivenciou.
Quase te vês carregada
após um forno, após
punhos ásperos, mãos ríspidas.
Te vês estendida para resfriar
das queimações, da extinta angústia.
Conclui-se o julgamentos
e imaginas quantas condenações
ficaram fora de pauta.
Não retornarão os que se apresentaram
com as fichas completas,
com polpas na bagagem,
esporas prontas para a encilha.
Esquecidos flancos
em que alguém passava a escova.
Lamentas os que não
se apresentaram enquanto era dia,
o bilhete que nunca veio
no momento em que tudo era grave,
era intenso e era disponível.
De todos os lados
uma fronteira que te oprime,
se não dominas em Bulhões,
Anápolis, em Pindamonhagaba.
A plantação ondula sem teu sopro,
sem teu gozo e falecimento.
Os talos apodrecem
sem que tenhas dado as dicas,
as formas corretas de deteriorar.
Deteriora em uma lembrança
a negada carícia, as últimas
ondulações para o desmaio.
Esquecimentos do pássaro
fora do ninho, do lenço
que permaneceu limpo,
da Ação Penal 69
que poderá entrar no livro didático,
que em ninguém causará furor,
mas não se esquecerá do coito,
de um cão numa beira de estrada,
de ter abraçado o filho
da prostituta, quem trazia teu leite,
dos recados dos seres brutos.
Esquecimento de uma boca aberta
no assento de uma viagem.
Levantarás teus olhos
das gemas que se organizam
no caleidoscópio de teu balcão.
Para conservar a estirpe,
alguém não se identifica,
e vai de veste rota,
esfolado pelo sol sob o chapéu de feltro.
Por mais que identifiques,
BMF40D3, na plantação
se infiltra sem identidade
a lagarta helicoverpa armígera.
Não identificas sequer a fronteira
por onde invade uma mínima lagarta
sem identidade ou gene decodificado.
Terás de reconhecer quem se apresenta
para trazer uma ereção, um vírus,
a taça de conhecida aminofilina.
Deixarás de exigir a identidade,
a limpeza da pele e da folha corrida.
Em frente ao portal da vitória,
enquanto organizas teu canteiro,
enquanto prepara o unguento,
o fumígero veneno,
pensarás na cópia dos rostos,
apenas lábios, cílios,
mostrador de horas
quase em teu colo, em tua boca
quase roçam as braguilhas.
E mais avançaste o rosto
para destravar a presilha.
E mais inundação reclamaste
para a composição da ilha
onde já desenhavas teu resort
pleno de eufemias.
Ouves o bulício dos cães,
dos grossos e indelicados
após retorno ao teu cortiço,
ao teu templo de ídolos ausentes,
às orientações do cardealício.
Aberta deixas tua casa,
teu templo, teu flanco
organizado como montanha
na manhã de névoa.
Enquanto lavas tua fronte,
pensas em quem identificaste.
Enquanto perfumas teu ânus,
quem veio pela fronteira
deixou de ser o forasteiro.
Tudo descora. Até as algemas,
até a dinamite que roçou o colo.
Quanto mais a pélvis, o rosto identificado
num posto de fronteira.
Neste momento alguém viaja
para se apresentar à deterioração.
Prepara-te para identificá-lo,
registrá-lo, aboná-lo com tua estricnina.
da inquietude das horas enfermas,
não vais negar o colo
ao que vai se apresentar
para os ensinamentos reais
que desejas acumular com as escolhas,
com as escoltas, escutas insuspeitas,
com exigências de identificação,
de relatorias solidárias ao conteúdo.
Tens fixos teus itinerários
em que remas e rememoras,
sem que exijas do imaginário
que transita na aflição
de outro que circula,
que irá apresentar elementos
para a ficha reguladora,
o óleo para o forno dos ícones,
registros heroicos em cera
nas tábuas da memória.
Tens suspiros em que sorves
uns ventos, uma saliva,
pó em acúmulo nas peles,
em que ressopras na opressão do fôlego.
Pensas em penetrações,
pregos de cabeça cônica, ogivas
que se acasalam em aéreos
espaços longínquos da neve.
Pensas em dessorar os ovos goros,
as horas podres, os odres
que agora alguém enche
numa periferia de aldeia. Pensas
no aldeão a esvaziar as tetas.
Em reservar rumos
à rotatória dos astros,
em companhias para tuas
hibernações, saturnais
em câmaras quentes, quase
acúmulo de ossos, reservados
raios de sol para depois
do despojo, da orquestração
que o horário nobre não vivenciou.
Quase te vês carregada
após um forno, após
punhos ásperos, mãos ríspidas.
Te vês estendida para resfriar
das queimações, da extinta angústia.
Conclui-se o julgamentos
e imaginas quantas condenações
ficaram fora de pauta.
Não retornarão os que se apresentaram
com as fichas completas,
com polpas na bagagem,
esporas prontas para a encilha.
Esquecidos flancos
em que alguém passava a escova.
Lamentas os que não
se apresentaram enquanto era dia,
o bilhete que nunca veio
no momento em que tudo era grave,
era intenso e era disponível.
De todos os lados
uma fronteira que te oprime,
se não dominas em Bulhões,
Anápolis, em Pindamonhagaba.
A plantação ondula sem teu sopro,
sem teu gozo e falecimento.
Os talos apodrecem
sem que tenhas dado as dicas,
as formas corretas de deteriorar.
Deteriora em uma lembrança
a negada carícia, as últimas
ondulações para o desmaio.
Esquecimentos do pássaro
fora do ninho, do lenço
que permaneceu limpo,
da Ação Penal 69
que poderá entrar no livro didático,
que em ninguém causará furor,
mas não se esquecerá do coito,
de um cão numa beira de estrada,
de ter abraçado o filho
da prostituta, quem trazia teu leite,
dos recados dos seres brutos.
Esquecimento de uma boca aberta
no assento de uma viagem.
Levantarás teus olhos
das gemas que se organizam
no caleidoscópio de teu balcão.
Para conservar a estirpe,
alguém não se identifica,
e vai de veste rota,
esfolado pelo sol sob o chapéu de feltro.
Por mais que identifiques,
BMF40D3, na plantação
se infiltra sem identidade
a lagarta helicoverpa armígera.
Não identificas sequer a fronteira
por onde invade uma mínima lagarta
sem identidade ou gene decodificado.
Terás de reconhecer quem se apresenta
para trazer uma ereção, um vírus,
a taça de conhecida aminofilina.
Deixarás de exigir a identidade,
a limpeza da pele e da folha corrida.
Em frente ao portal da vitória,
enquanto organizas teu canteiro,
enquanto prepara o unguento,
o fumígero veneno,
pensarás na cópia dos rostos,
apenas lábios, cílios,
mostrador de horas
quase em teu colo, em tua boca
quase roçam as braguilhas.
E mais avançaste o rosto
para destravar a presilha.
E mais inundação reclamaste
para a composição da ilha
onde já desenhavas teu resort
pleno de eufemias.
Ouves o bulício dos cães,
dos grossos e indelicados
após retorno ao teu cortiço,
ao teu templo de ídolos ausentes,
às orientações do cardealício.
Aberta deixas tua casa,
teu templo, teu flanco
organizado como montanha
na manhã de névoa.
Enquanto lavas tua fronte,
pensas em quem identificaste.
Enquanto perfumas teu ânus,
quem veio pela fronteira
deixou de ser o forasteiro.
Tudo descora. Até as algemas,
até a dinamite que roçou o colo.
Quanto mais a pélvis, o rosto identificado
num posto de fronteira.
Neste momento alguém viaja
para se apresentar à deterioração.
Prepara-te para identificá-lo,
registrá-lo, aboná-lo com tua estricnina.
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Salomão Sousa sente-se honrado com a visita e o comentário