A poesia é meu território, e a cada dia planto e colho grãos em seus campos. Com a poesia, eu fundo e confundo a realidade. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento)
12 de janeiro de 2009
Estive fora de casa por uma semana e, ao retornar, recebi uma visita rara. Há muito eu não me encontrava com a mariposa marrom de rajas paralelas. Não conheço o seu nome científico (ah! e ele nem vem ao caso!). Pelo aspecto aveludado, parecendo um tecido de pequenos pêlos, as mariposas provocam medo em algumas pessoas. Ou asco. Por isso são chamadas de bruxas. Não foi à-toa que a reação de uma garota que estava em casa foi indagar de imediato se podia matá-la. Não sei se elas tem uma função na natureza, talvez apareçam para nos provocar, para nos dizer que há algo que completa o mundo sem necessidade de uma compreensão científica mais explícita. Talvez ela seja parente da poesia — este asco que provoca as pessoas, deixando-as inquieta, querendo destroçar a página e seu autor. Tentei fotografá-la, mas nem minha máquina (com pouca bateria) nem meu celular conseguiram captá-la devidamente em suas nuanças. Deixei-a por algum tempo descansar na parede de minha sala, depois abri a porta e empurrei-a para a liberdade da noite.
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