Poeminha-mensagem para Giovanna de Meneses
:
No último pouso
será o mesmo tema
da primeira estação?
Serão outras as hibernações
após a primeira neve.
Serão outras as águas
depois de movidos os remos.
A dor fecha umas janelas
e abre outras o vento.
A poesia é meu território, e a cada dia planto e colho grãos em seus campos. Com a poesia, eu fundo e confundo a realidade. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento)
29 de julho de 2013
16 de julho de 2013
Um discurso de Górgias
Poema de Antonio Mirandapara Salomão Sousa
A minha
poesia
só existe para mim.
É incomunicável.
O que se escreve é
incompreensível.
só existe para mim.
É incomunicável.
O que se escreve é
incompreensível.
Faço minhas
leituras
de Drummond, sem jamais
apreendê-lo: palavras
me levam a outro sentido.
Releio e recrio. Por isso
o crítico escreve mil palavras
sobre um mesmo verso
de Pessoa, e apenas
o intuímos: o sentimento
é intransferível! Uns
dizem entender, outros
abominam, nos desentendemos.
Insondáveis, alteregos
do diálogo de equívocos.
Intencionalidades. Tent
ativas, aproximações.
de Drummond, sem jamais
apreendê-lo: palavras
me levam a outro sentido.
Releio e recrio. Por isso
o crítico escreve mil palavras
sobre um mesmo verso
de Pessoa, e apenas
o intuímos: o sentimento
é intransferível! Uns
dizem entender, outros
abominam, nos desentendemos.
Insondáveis, alteregos
do diálogo de equívocos.
Intencionalidades. Tent
ativas, aproximações.
Sempre nos
vemos nos
outros sem que nos vejam.
Não vemos ninguém,
só a nós mesmos.
Condenados ao solipsismo.
A sós, nós
na multidão.
Em vão.
outros sem que nos vejam.
Não vemos ninguém,
só a nós mesmos.
Condenados ao solipsismo.
A sós, nós
na multidão.
Em vão.
Brasília, 14-07-2013
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