COLETA
A Salomão Sousa
Assina a ruga
essa rude instalação:
no corpo alquebrado
o rosto precário
e a rua
repleta de buracos.
E avenidas cortam,
novas, ao rincão
da pele, antes plana,
uma sucessão de quebra-molas.
Mil atalhos surgem
desde os cílios
e ladeiras íngremes
entornam
um rio de lágrimas
dos olhos.
Eis o tempo
e urge no meu rosto
a vital parcela do imposto
que esse mesmo tempo
agora cobra.
Não basta uma safra, senão há a esterilidade. A poesia é meu território, e a cada dia colho grãos em seus campos. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento
1 de junho de 2016
Assinar:
Postar comentários (Atom)
RETRATO, poema de Antonio Machado
Traduzi para meu consumo o poema "Retrato", do espanhol Antonio Machado. Trata-se de um dos poetas de minha predileção, assim como...
-
A um olmo seco Antonio Machado A um olmo velho, fendido pelo raio, e pela metade apodrecido, com as chuvas de abril e o sol de maio, saíram...
-
O processo de editoração é dinâmico, também. Os livros de poesia devem se aproximar da visualidade das páginas da internet. Papel que reflit...
-
Se eu e Ronaldo Costa Fernandes soubéssemos que não mais teríamos oportunidade de voltar a encontrá-lo, não ficaríamos ali estáticos na Livr...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Salomão Sousa sente-se honrado com a visita e o comentário