Saio de 2019
enriquecido. Foi um ano marcante em minha vida. Publiquei dois livros, tomei
posse na Academia de Letras do Brasil, fui a Goiânia para duas palestras
(Academia Goiana de Letras e Museu Frei Confaloni), recebi o Diploma de
Destaque Cultural, do Governo de Goiás. Estive com muitos amigos, vi muitos
insetos, escrevi mais um livro de poemas (estou com 5 livros de poemas inéditos
e quase concluso mais um nos moldes do Poética e andorinhas). No último domingo
de dezembro, está prevista a publicação de um depoimento meu na revista Correio das Artes, de João Pessoa, sob a
coordenação do poeta Sérgio de Castro Pinto.
Abaixo, alguns
registros de minha participação cultural no ano que se encerra. Como não fiz anotações
ao longo do ano, alguns podem não figurar nos registros, sobretudo os
lançamentos da Semim Edições do amigo Sóter, que foi bem ativo em 2019,
juntamente com a Ava.
20.1 - Circulou
no ambiente virtual a revista InComunidade
com meu artigo sobre o poeta José Godoy Garcia. A revista é editada em Portugal
pelo poeta Jorge Vicente.
21.2 – Comparei à
outorga de grau, em Enfermagem, na UnB, da neta Laura Martelletti. Honrado que ela tenha citado
meu poema, em seu pronunciamento, sobre o faroleiro: “Ainda assim o faroleiro
acenderá”. Ocorra o que ocorrer, o faroleiro nos indicará os caminhos.
21.3 – Compareci à
posse do amigo Eugênio Giovenardi na Academia de Letras do Brasil.
28.3 – Compareci à
Associação Nacional de Escritores para a palestra/recital de Júlio César Costa
sobre a obra de Fernando Pessoa.
3.4 – Compareci no
Beirute no lançamento de O feeling e o
bíceps, de Marcos Fabrício.
8.4 – Compareci
ao lançamento do livro Poesia Provisória.
Surpreendente a poesia do recente livro de Nirton Venâncio. Poesia provisória
foi elaborado ao correr de muitos anos e isso possibilitou cada palavra, cada
gestual das metáforas estarem nos locais corretos. É uma lírica sem excesso,
sem ter se prejudicado pela experiência da oralidade dos recitais, que é onde
Nirton Venâncio gosta de estar. Muito pelo contrário. A poesia aparece com
introspectividade limpa, questionadora de si mesma. Traz poemas que irão entrar
para sempre em nosso imaginário. “Bússola” trabalha com imagens antagônicas; “O
morto” esclarece que o poeta é um trabalhador que pega uma madeira, uma medida
de barro ou pedaço de pedra, e lamina algo com todos os contornos exatos. É
isso. A poesia é muito mais que ver o lençol no varal. Tenho certeza que os
admiradores dos irmãos Campos vão ficar com inveja do teu lençol do poema
“Quimera”, Nirton Venâncio. Já estou aguardando pelo anunciado próximo livro
11.4 – Participei
da festa de posse do Adalberto De Queiroz na Academia
Goiana de Letras. Encontro com o Bariani Ortencio Icebo, rever o amogo Brasigois Felicio Felicio, ai meu deus, a
conversa sempre eufórica e rica de vida com Maria Abadia Silva, tem a Alice Spinola e o Mário Zeidler Filho e o rol em outras
fotos.
16.4 - Compareci
ao Carpe Diem para o lançamento de três livros do poeta Diego Mendes Sousa.
23.4 - Estive no
Instituto Cervantes para uma palestra proferida por Esther Blanco sobre a poeta
uruguaia Ida Vitale, que recebeu nesta data o Prêmio Cervantes. Trajetória
maravilhosa, com um propósito de produção escorreito e uma poesia chocante.
25.4 – Reeleito
para a Diretoria da Associação Nacional de Escritores que terá mais um biênio
sob a direção exitosa do amigo Fábio de Sousa Coutinho. Fui reconduzido para o
cargo de diretor (tesoureiro).
27.7 – Agradeço à
Mel Inquieta a publicação de meus poemas no site https://redesina.com.br/
28.4 – Saiu o
capítulo do trabalho de Alessandro Eloy Braga, sobre a minha poesia, em estudo
sobre a Poesia em Brasília. O trabalho deverá se tornar livro impresso em 2021.
Diz Alessandro Eloy Braga:
“A poesia de
Salomão Sousa é, de fato, um conjunto de enigmas instigantes e desafiadores.
Reflete a experiência de um escritor que, além de dominar as técnicas da
versificação, é, acima de tudo, um poeta que percebe a complexidade emocional
que envolve o mistério da linguagem poética, que sabe muito bem como elaborar e
como desvendar a complexidade dos enigmas da poesia. Nada é automático. Nada é
óbvio. De sua obra emana uma sensibilidade que atribui força e potência muito
pessoais ao seu trabalho. Seu rico vocabulário e seus enlaces semânticos dão
aos poemas uma linguagem própria e claramente integrada às propostas estéticas,
tanto formais quanto temáticas, da poesia moderna do século XX, onde convivem a
inovação das linguagens, o coloquialismo das ruas e dos regionalismos, a
consciência filosófica da existencialidade do eu e do mundo, a criatividade
inovadora e a subjetividade das memórias da historicidade que formam a bagagem
da vida. Este conjunto de elementos textuais faz com que, em cada poema, haja
uma acentuada originalidade, alimentada por uma criatividade inteligente, que
deixa o poeta completamente livre do lugar comum. “
(ALESSANDRO ELOY BRAGA é Doutor – com distinção e louvor – em Estudos Clássicos/Literatura pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2015); Mestre em Educação pela Universidade Católica de Brasília (2001) e Licenciado em Letras-Português pela Universidade Católica de Brasília (1995)).
(ALESSANDRO ELOY BRAGA é Doutor – com distinção e louvor – em Estudos Clássicos/Literatura pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2015); Mestre em Educação pela Universidade Católica de Brasília (2001) e Licenciado em Letras-Português pela Universidade Católica de Brasília (1995)).
3.5 – Compareci à
Associação Nacional de Escritores para assistir a palestra do amigo Wilson
Pereira sobre Pablo Neruda.
15.5 – Compareci ao
Carpe Diem para o lançamento de dois livros do amigo Flávio Kothe: Literatura e sistemas intersemióticos e Sem deuses mais.
23.5 - Tomei posse na
Academia de Letras do Brasil na cadeira cujo patrono é Manuel Bandeira. É muito
bom estar ao lado de quem gostamos e vendo que o resultado de nosso trabalho
tem uma razão de ser!
29.5 – Compareci ao
Beirute para o lançamento dos Cem Poemas Escolhidos
de Marcos Freitas.
30.5 – Honrado
com a oportunidade de participar da série de debates da Academia Goiana de
Letras (AGL). Presença especial de muitos amigos e quase a totalidade dos
acadêmicos.
30.5 – Participei como convidado do programa "O mundo em sua
casa", da rádio RBC de Goiânia.
1.6 - Mesa redonda para debate no Museu Frei
Canfaloni, na antiga Estação Ferroviária. A amiga Maria Abadia Silva foi
generosíssima na moldagem desses eventos no museu e na AGL, com mãos de ouro.
Fica a saudade do comparecimento de uma professora do interior da Amazônia.
Desses eventos ficam os encontros surpresas.
4.6 – Lancei no
Beirute os livros Desmanche I e Poética e Andorinhas. Um rol de queridos
amigos fiéis presentes. Voltaremos a nos rever sempre.
8.6 – Tristeza
pelo falecimento do amigo Alceu Brito Corrêa.
11.6 - Compareci
ao lançamento do livro Fundamentos de
Ventilação e Apneia, do amigo Alberto Bresciani, no Carpe Diem.
14.6 -
Participação da Feira do Livro. Agradeço à mana Rosa Abreu, ao amigo Ronaldo Mousinho, a presença cativante da Natália Cristina, e as companhias de Lúcia e
Lincoln, no Espaço do Autor totalmente vazio. A experiência do vazio é
inevitável em tempos de indiferença pela cultura.
14.7 - Dia de
andar pela Esplanada com os netos. Estupefato sempre diante do X da censura e
do resultado das armas. Temos de legar aos nossos descendentes a experiência da
cultura, senão só assistiremos o crescimento do desumanismo.
29.7 – Estive no
sepultamento de Emanuel Medeiros Vieira, contista e poeta catarinense,
associado da ANE e respeitado escritor brasiliense, onde foi funcionário da
Câmara dos Deputados.
1.8 – Na edição de nº 200, do jornal A Voz, de Silvânia, foi publicado o artigo Salomão Sousa: Poeta brasileiro – baluarte de nossa literatura e nossa
poesia, de Antônio da Costa Neto, que retrata com retidão, de forma
afetiva, a nossa trajetória.
7.8 - Lançamento do amigo Vicente de Paulo Siqueira com a sua poesia enxuta.
7.8 - Lançamento do amigo Vicente de Paulo Siqueira com a sua poesia enxuta.
8.8 – Compareci
ao lançamento do romance Nenhum Espelho
Reflete seu Rosto da escritora Rosângela Vieira Rocha e à palestra do Edmilson Caminha, na ANE, sobre Gilberto Amado.
Encontro com Wilson Pereira e Das Squarisi.
9.8 – Participei,
no Sesc, da mesa de debate sobre
literatura de Brasília, promovido pelo Sindicato de Escritores. Tema: “Os Caminhos
da Literatura no DF”, ao professor da UnB e escritor Augusto Niemar.
15.8 Manoel
Hygino publica a crônica O
problema ambiental, que toma poemas nossos para fundamentá-la.
21.8 – Fui
lançamento do romance Cárcere Privado
da amiga Margarida Patriota, onde reencontrei amigos. Os
lançamentos relembram a vivacidade da literatura e alimenta as amizades pelos
encontros.
23.8 - Participação
do projeto da Academia de Letras, Artes e História de Silvânia no Colégio
Manoel Caetano, no bairro São Sebastião. Eu, Claudinéia Araujo, Cleverlan Do Vale e Valdir Antonio Rosa. Debate de autores nas
escolas é motivação para leitura, disciplina e imaginação, que melhoram a
participação social.
28.8 – Fui ao
lançamento do novo livro de poemas de Luis Turiba, Desacontecimentos,
onde me encontrei com o amigo José Edson Dos Santos, bem como uma gavinha
sem galho onde agarrar-se.
31.8 - Em evento
no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, recebi o Diploma de Destaque Cultural de
2019. A vida tem de ter uma continuidade como as amoras na amoreira. Não basta
uma safra, senão há a esterilidade. Como o talo do boldo, há de crescer sempre
uma sucessão de cachos novos para impor sobrevivência. Matei saudade de grandes
amigos de Goiânia. Vassil Oliveira, que também foi agraciado em outro evento;
Brasigois Felicio Felicio, do Conselho de Cultura, e Euler Fagundes de Belém,
que recebeu Medalha de mérito da cultura goiana, com nossas úteis trocas de de
conhecimento. Ser goiano é ser agraciado com uma forma de vida: a serenidade
diante do caos.
3.9 – Compareci ao
Carpe Diem para o lançamento de livro do escritor Wilson Pereira (Vento, Cavalo do Tempo), com a sua
poesia essencial.
9.9 – Assisti, na
Associação Nacional de Escritores, a palestra de Antonio Carlos Secchin sobre os
Percursos da Poesia Brasileira!
10.10 – Assisti
na Associação Nacional de Escritores a palestra do romancista coreano Kang Byoung
Yoong, que manifestou muita sagacidade juvenil.
13.09 - Compareci ao lançamento do livro Liberdade, de Maria Coeli. Livre que reúne poemas e textos de reflexões biográficas. De uma espontaneidade cativante. Somos amigos desde 1980, quando fomos apresentados para ela me entregar os poemas que integrariam a antologia Em Canto Cerrado, que eu organizei naquele ano. Olha o belo poemas
:
Mulher chata ao telefone me olha
Douglas era um olhador
Gosto de ser olhada, apreciada
Animais silvam, nada é à toa.
É como me sinto vigiada
Na frente pelas lentes
os microfones
as caixas de banco
o Imposto de Renda
o INPS
Existo? 038.742.491-15
:
13.09 - Compareci ao lançamento do livro Liberdade, de Maria Coeli. Livre que reúne poemas e textos de reflexões biográficas. De uma espontaneidade cativante. Somos amigos desde 1980, quando fomos apresentados para ela me entregar os poemas que integrariam a antologia Em Canto Cerrado, que eu organizei naquele ano. Olha o belo poemas
:
Mulher chata ao telefone me olha
Douglas era um olhador
Gosto de ser olhada, apreciada
Animais silvam, nada é à toa.
É como me sinto vigiada
Na frente pelas lentes
os microfones
as caixas de banco
o Imposto de Renda
o INPS
Existo? 038.742.491-15
:
29.9 - Em
Goiânia, no jornal Opção, saiu um artigueto meu sobre a poesia de Daniel Francoy. Tenho procurado analisar os poetas
que se destacam no cenário atual por construir com consciência, com busca de
rumos próprios. Talvez Daniel Francoy seja um dos poetas que venham a ter maior
visibilidade no cenário nacional, pois há espontaneidade, há trabalho no seu
processo criativo. Torcemos para que uma grande editora venha a bancá-lo e logo
os seus livros possam estar mais acessíveis.
14.10 – Na
Associação Nacional de Escritores, palestra e lançamento do Romance do famoso
escritor maranhense Ronaldo Costa Fernandes. o amigo Wil Prado diz do romance,
em bela resenha publicada no jornal Opção: "Vieira
na Ilha do Maranhão é o mais novo clássico da literatura brasileira. A
história deve redundar num belo filme de época”.
16.10 – Compareci
ao Carpe Diem para o lançamento do Edmilson Caminha (A solidão no progra do Jô).
17.10 – Compareci
à Associação Nacional de Escritores para a palestra do cineasta Pedro Jorge de
Castro sobre literatura e cinema.
7.11 – Compareci à
palestra e lançamento da escritora Margarida Patriota (Tempo de delação), na Associação Nacional de Escritores.
13.11 – Compareci
ao Carpe Diem para o lançamento de Flávio Kothe. Dois livros numa tacada: Fundamentos da teoria literária/e/Segredos da concha.
14.11 –
Participei da Reunião da Academia de Letras do Brasil para lançamento do
segundo número de sua revista.
14.11 - O Colégio
Estadual Salim Afiune, de Leopoldo de Bulhões, como parte da Feira de CIÊNCIAS,
apresentou trabalhos sobre os escritores da Academia de Letras, História e
Artes de Silvânia. Graças ao belo trabalho de Thiago Vieira. Foram expostos poemas de nossa
autoria.
17.11 – Escrevi
um poema com dois versos que me deixaram muito feliz por terem se manifestado a
mim:
Conseguisse em mim,
num barco, num percurso,
cravar uma haste de
conciliação.
21.11 –
Participei da homenagem ao poeta Anderson Braga Horta, na Associação Naciolnal
de Escritores.
22.11.19 –
Compareci em Vianópolis (GO) para lançamento dos livros O Menino do Trem (Crônicas), de Antônio Gomes, e Maria da Glória na festa do Engenho Velho
(Romance), de Elson Gonçalves de Oliveira. Agradeço ao Antonio Gomes a honra de
apresentar seu livro.
30.11 –
Passei uma semana em Silvânia na casa de minha mãe. Participei da cerimônia de
lançamento da revista Gotejos Literários
e Acadêmicos, da Academia de Letras, Artes e História de Silvania. A revista traz
quatro poemas meus.
5.12 - Um périplo pelas ruas de Brasília. Chuva e chuva
para comparecer ao lançamento do livro 3, de Wélcio de Toledo, na 206 Norte, e à posse de Valdir Ximenes na Academia Brasiliense de Letras. Tudo é uma grande festa, regada com literatura!!! Wélcio é um poeta surpreendente,
pois liberado para a oportunidade que o poema oferece. São poemas com grita geral dos temas atuais. Algumas tiradas biográficas, como no poema Cânone (liquidar as dezenove multas de trânsito acumuladas ao longo do ano), ou biográficos de algum outro cidadão. Mas alguns registros são, provavelmente, biográficos do próprio poeta (concorrer naquele edital de cultura jamais sairá (...) atualizar o lattes (...)) A poesia tem de ser isso: aventurar-se pelas experiências atuais.
11.12 –
Participei, na Associação Nacional de Escritores, das comemorações dos 40 anos
do CECULCO - Centro de Cultura da Região Centro-Oeste. Nossos cumprimentos à
Sonia Ferreira
19.12 – Participei
da confraternização da Associação Nacional de Escritores.
Prezado poeta Salomão, fico contente que tenha apreciado o ensaio que escrevi como parte de minha pesquisa A POESIA BRASILIENSE EM DEZ ATOS. Sua presença era imprescindível. Parabéns pelas demais conquistas que obteve em 2019. Estou a disposição para futuros contatos. Grande abraço!
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