Estou terminando o terceito livro da Trilogia do Cairo, de Nagib Mahfuz.
Onde tudo se condensa e, assim Schopenhauer, nos deixa no abismo.
Revi um poema postado aqui um dias atrás. É para deixar mesmo a respiraçaõ entrecortada.
Uma hora este poema bate o seu badalo.
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Por dissolvidas células
por drenos engastados nas veias podres
por atos de drágeas moles e
uretra arrebatada por sangue
iguais a foles desgastados
ar não sugam
e o sopro entre cortado sangue
se os canais pedem agastados
leitos de anamofilina
intervalos de sopros
contínua missão de dissolver
os vasos se impulsam se emperram
nos músculos de poros com drenos
Segue pelo deserto de drogas
de corpos de drágeas
resfolega sem fôlego
Nada respira ou suga
Desertaram-se as pétalas vivas
os jatos de um caudal
de um prazer que se gesta numa uretra
Excretasse de forma ereta!
Desampara a sarna com gasturas
e o deserto e o deserto desampara
se só areia se só luz para esfregar
fadiga fadiga fatigado útero
Não basta uma safra, senão há a esterilidade. A poesia é meu território, e a cada dia colho grãos em seus campos. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento
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