Não basta uma safra, senão há a esterilidade. A poesia é meu território, e a cada dia colho grãos em seus campos. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento
2 de janeiro de 2016
Leituras do a o de 2015
Foram muitas leituras em 2015. E desejo desdobrá-las sempre, não só em 2016. Terei de ler Thomas Wolfe, Homero, mais Shakespeare. Espero por novos livros de poemas. Li a biografia de Fernando Pessoa, a biografia de Garcia Lorca, e muito Mishima. Destaco dois livros que li em 2015. Li por necessidade de compreender o movimento Black Bloc o romance Terroristas do milênio, do britânico J. Ballard. Não compreendo como este romance não serviu para análise do movimento se ele antecede a compreensão da destrutividade dos movimentos urbanos. Todos analistas passaram ao largo dele, sendo que ele disseca o cansaço da classe média com a organização do seu espaço urbano. A destruição ocorre para que possa voltar a atuar numa reconstrução. Livro instigante. E, agora, no fim do ano, li o recente romance Uma menina está perdida no seu século à procura do pai, do português Gonçalo M. Tavares. São muitos temas dentro de uma única narrativa. Aí também aparece o movimento de rua, onde todo participante perde a sua sensibilidade, perdendo inclusive a responsabilidade pelo compromisso individual. Gonçalo M. Tavares é mestre em construção de fábulas modernas. Acredito que é um dos últimos autores originais dos últimos tempos. Detém uma inteligência ímpar e organizada. É necessária intimidade com o poético para lê-lo.
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