COLETA
A Salomão Sousa
Assina a ruga
essa rude instalação:
no corpo alquebrado
o rosto precário
e a rua
repleta de buracos.
E avenidas cortam,
novas, ao rincão
da pele, antes plana,
uma sucessão de quebra-molas.
Mil atalhos surgem
desde os cílios
e ladeiras íngremes
entornam
um rio de lágrimas
dos olhos.
Eis o tempo
e urge no meu rosto
a vital parcela do imposto
que esse mesmo tempo
agora cobra.
A poesia é meu território, e a cada dia planto e colho grãos em seus campos. Com a poesia, eu fundo e confundo a realidade. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento)
Assinar:
Postagens (Atom)
Anita documentario
Assisti ao documentario de Anitta "Larissa"". Para ser um filme para seu público, a Anitta do filme é banal, piegas e ocupa...

-
O processo de editoração é dinâmico, também. Os livros de poesia devem se aproximar da visualidade das páginas da internet. Papel que reflit...
-
A um olmo seco Antonio Machado A um olmo velho, fendido pelo raio, e pela metade apodrecido, com as chuvas de abril e o sol de maio, saíram...
-
Eu falaria sobre todas as nuvens, sobre todos os poetas, sobre todos os gravetos, da utilidade e da inutilidade de tudo que podemos enxergar...