Aqui estamos afundados na dengue.
Para deixarmos o corpo fora
esticamo-nos dentro do olho do monstro.
Mas temos sol, temos outros astros,
e divertimentos de enchentes.
Liguemos os véus do tempo
e cumpramos os gestos de reiniciar o reino,
está velho o norte em que vamos.
Cremos. A noite não passa
de um desarme dos remos.
Temos sobre o leito o tesouro de esmeraldas
quando nos pomos a navegar
e não é de roubo nossas lâmpadas.
Implica quase sempre tirarmos as travas.
Enquanto Luísa se ausenta,
com Eurídice passemos a tormenta.
Construímos o leito
para que as palavras se inflamem.
Salgado Maranhão, Homero.
Cabem em nosso corpo o vento
e os desejos de Eurídice.
Talvez escaravelhos nos dorsos,
se prazeres de esmeraldas sabemos.
Não embarcamos serpentes.
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Salomão Sousa sente-se honrado com a visita e o comentário