Lina Tâmega Peixoto é poeta especial de Brasília. Poetisa para outros. Sei que de poesia íntegra e imorredoura. Adoro a sua poesia e também a sua amizade.
Foto: Salomão Sousa
A poesia é meu território, e a cada dia planto e colho grãos em seus campos. Com a poesia, eu fundo e confundo a realidade. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento)
31 de março de 2011
Alaor Barbosa — autógrafos do blog
Alaor Barbosa é romancista goiano, radicado em Brasília há muitos anos. Não só romancista, contista, jornalista e outros radicais mais da cultura. Esteve recentemente na polêmica de ter publicado um livro sobre Guimarães Rosa, que, por inabilidade da família do escritor mineiro-universideral, acabou regando desconforto inútil para a cultura. A obra de um escritor é para ser abordada e sua vida também. Guimarães Rosa é muito maior que as picuinhas de uma mancha medíocre na parede de uma família. Amigo dileto, e escritor rico, Alaor Barbosa!
Foto: Salomão Sousa
Fábio Coutinho — autógrafos do blog
Fábio Coutinho é advogado e escritor. Vem de tradicional família de intelectuais, com muita contribuição para o desenvolvimento da cultura do país. Companheiro da Associação Nacional de Escritores e amigo muito especial.
Foto: Salomão Sousa
11 de março de 2011
Walt Whitman
CANTO DE MIM MESMO
52
O falcão pedrês desce veloz e acusa-me, queixa-se da minha tagarelice e
/vagabundagem.
Eu também sou indomado e também intraduzível,
Faço soar meu grito selvagem sobre os telhados do mundo.
A última lufada do dia demora um pouco mais por mim,
E, real, joga a minha imagem depois das outras, nas sombras desérticas,
e seduz-me para a bruma e o anoitecer.
Parto como o ar, agito a cabeleira branca ao sol que se vai,
Espalho a minha carne em remoinhos, deixo-a seguir aos pedaços.
Entrego-me ao esterco para crescer da erva que amo,
Se de novo me quiseres, olha-me debaixo da sola das tuas botas.
Dificilmente saberás quem sou e o que penso,
No entanto, serei para ti a boa saúde,
Se de novo me quiseres, olha-me debaixo da sola das tuas botas.
Dificilmente saberás quem sou e o que penso,
No entanto, serei para ti a boa saúde,
E filtro e fibra para teu sangue.
Se não me encontrares da primeira vez, mantém a coragem,
Se eu não estiver num lugar, procura-me em outro,
Em algum lugar estarei à tua espera.
8 de março de 2011
Autógrafos do blog — Herondes Cezar
Neste carnaval, recebi a visita do amigo Herondes Cezar. Aproveitei para colher seu autógrafo para este série que venho publicando aqui no blog. É uma de minhas amizades — não duradoura, pois o que é duradouro é temporal — mais atemporais. Daquelas amizades que não precisam de medir de onde vieram ou para onde vão. Amizade soldada dentro da cultura, por isso mesmo civilizada e produtiva. Ele mantém o blog Era uma vez o cinema e publicou um livro que traz o mesmo título do blog, que trata da história do extindo cinema de Piracanjuba (GO), sua terra natal. Participou do movimento cineclubista de Goiânia e se dedica, dadivosamente, à crítica cinematográfica. Por isso uma pergunta sobre a imagem.
Foto: acervo do blog
Foto: acervo do blog
3 de março de 2011
Zanoto
algumas notícias demoram a se propagar. mas também quem está preocupado com a vida e muito menos com a morte de algumas pessoas? as notícias sobre estas pessoas simples, que fazem seu trabalho sem estardalhaço, nem sempre são dadas, e muito menos vão estar preocupados em ocupar seu lugar. muitos morrem e logo outro quer ocupar sua cadeira, apanhar as horas de seu relógio. mas o relógio de alguns ficam ali parados, com as horas a correrem como se nada tivesse acontecido.
por acaso tomei conhecimento que em 21 de janeiro morreu o meu amigo Zanoto, de varginha (mg). periodicamente eu recebia o recorte de sua coluna "Diversos Caminhos". era a colagem de frases, resenhas, poemas de autores das mais diversas escolas, países e gerações. e com uma característica única: intercalava, de prório punho, complementos à coluna. nunca encontrei outra coluna que trouxesse (ou traga) trechos manuscritos pelo colunista. e dava uma intimidade à coleta do material. todos ali eram tratados como se fossem de sua cozinha.
só me encontrei uma vez com ele. em um encontro de escritores no Círculo das Águas.
sinto-me feliz, Zanoto, ninguém vai ocupar o seu lugar. você é único em todos nossos corações.
por acaso tomei conhecimento que em 21 de janeiro morreu o meu amigo Zanoto, de varginha (mg). periodicamente eu recebia o recorte de sua coluna "Diversos Caminhos". era a colagem de frases, resenhas, poemas de autores das mais diversas escolas, países e gerações. e com uma característica única: intercalava, de prório punho, complementos à coluna. nunca encontrei outra coluna que trouxesse (ou traga) trechos manuscritos pelo colunista. e dava uma intimidade à coleta do material. todos ali eram tratados como se fossem de sua cozinha.
só me encontrei uma vez com ele. em um encontro de escritores no Círculo das Águas.
sinto-me feliz, Zanoto, ninguém vai ocupar o seu lugar. você é único em todos nossos corações.
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