Participei
no dia 9 de outubro de 2014 do VI Festival de Poesía Las Lenguas de América
Carlos Montemayor, que aconteceu na Sala Nezahualcóyotl, da Universidade
Nacional Autônoma do México, com a presença de 3 mil expectadores. Demais
poetas convidados: Natalia Toledo e Irma Pineda, que apresentaram o festival, e
Hugo Jamioy (kamsá, Colombia); Sheri-D Wilson (inglés, Canadá); Adriana López
(tzeltal, México); Vito Apüshana (wayúu, Colombia); Renaud Longchamps (francés,
Canadá); Isaac Carrillo (maya, México); Joséphine Bacon (innu, Canadá); Liliana
Ancalao (mapuche, Argentina); Ruperta Bautista (tzotzil, México); Mardonio
Carballo (náhuatl, México), y Antonio del Toro (español, México). Do
noticiário: “El Festival estuvo cargado de emotividad, los versos giraron en
torno a diversos temas: el amor, el desamor, la injusticia, las anécdotas
entre padre e hijo, las sonrisas, el erotismo, la sexualidad, así como la
percepción de la realidad social actual, ejemplo de ello fue el poeta brasileño
Salomão Sousa, quien se encargo de abrir el Festival, a la vez que mandaba
mensajes de apoyo y solidaridad al pueblo mexicano”. Paralelamente, participei
de uma mesa redonda da TvUNAM, e de um programa especial da Radio UNAM. Além de
ter tido oportunidade de conhecer a Cidade doi México, com seu belo centro
histórico e ainda a cidade astecas, com suas pirâmides.
A poesia é meu território, e a cada dia planto e colho grãos em seus campos. Com a poesia, eu fundo e confundo a realidade. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento)
18 de outubro de 2014
9 de outubro de 2014
temor de viver só numa fotografia
articulada/crestada com artifícios
não ter passado por uma bruma
por um dorso/pelas arcadas da avenida
por onde anda a sensatez/ser arco
inflexível a atirar ao acaso
o medo de um vizinho ruidoso/cheio
de espuma das noites bêbadas
sem a tez do suor/as mãos que saúdam
que não articulam os gestos da degola
o ridículo de uma representação oficial
quando o diálogo não foi/não flui
outra vez o temor do empacotamento
dos homens todos/nas máquinas
nas casas cercadas por segurança/
apartamentos a trancas/a barras/a traves
outra vez o ridículo da interpretação
ouvir os homens anchos/acham que
não pode acontecer/o ridículo de pedir vez
de entrar num shopping/na universidade
outra vez o temor/outra vez o ridículo
destrinchamentos/destazados estudantes
em Iguala Guerrero/na cadeira do dragão
e outra vez Gelman vai estar no exílio
e se alguém vai estar morto/outra vez
na forca de uma cela o novo herói
V Festival de Poesia Carlos Montemayor
Ao comparecer ao México neste início do mês de outubro para o VI Festival de Poesia CArlos Montemayor, da UNAM, estive nas pirâmides astecas e compareci ao lançamento do livro Telar Luminario, de Ruberta Bautista, poeta tsotsil, de Chiapas. Deixo aqui o poema que dá título ao livro. Tão logo retorno ao Brasil, farei um elaboração melhor sobre o estival.
Tear luminário
Chuva de fogo a enramar-se
no ouvido das árvores.
As chamas a se fiarem nos montes de cor púrpura,
estendem suas artérias.
Tece canto forte
No estômago da terra.
Estrela circular acesa em seu coração.
Nas veias se incrusta o tear do trovão,
entidade do fogo forja-se em seu corpo.
Com seus dedos fia e tece
a luz que cruza o céu.
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