Ao comparecer ao México neste início do mês de outubro para o VI Festival de Poesia CArlos Montemayor, da UNAM, estive nas pirâmides astecas e compareci ao lançamento do livro Telar Luminario, de Ruberta Bautista, poeta tsotsil, de Chiapas. Deixo aqui o poema que dá título ao livro. Tão logo retorno ao Brasil, farei um elaboração melhor sobre o estival.
Tear luminário
Chuva de fogo a enramar-se
no ouvido das árvores.
As chamas a se fiarem nos montes de cor púrpura,
estendem suas artérias.
Tece canto forte
No estômago da terra.
Estrela circular acesa em seu coração.
Nas veias se incrusta o tear do trovão,
entidade do fogo forja-se em seu corpo.
Com seus dedos fia e tece
a luz que cruza o céu.
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Salomão Sousa sente-se honrado com a visita e o comentário