A poesia é meu território, e a cada dia planto e colho grãos em seus campos. Com a poesia, eu fundo e confundo a realidade. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento)
25 de novembro de 2006
Comparecemos, nesta semana, ao lançamento de "Dicionário de pequenas solidões", que contém dez contos do amigo Ronaldo Cagiano. O evento concorridíssimo aconteceu na livraria Café com Letras, na 203 Sul. Eu tinha previsto ficar uma meia hora, mas eram tantos amigos que só consigo sair duas horas após chegar ao local. Só com o amigo Antonio Miranda uma hora correu sem nem deixar rastro de enjôo.
O livro praticamente inaugura as atividades da editora Agualusa, que tem programa de edição de autores de língua portuguesa (entenda-se aqueles do Brasil, Portugal e países africanos). Dá pra ver, pela edição cuidadosissíma que a editora veio para competir e ficar. Sugiro apenas que eles tenham uma cautela na composição do preço de suas edições. Caso mantenham o mesmo parâmetro do "Dicionário de pequenas solidões" acabarão impedindo certas camadas da população de ter acesso aos seus livros. A fitinha saiu muito cara.
Os contos foram selecionados dos livros Concerto para arranha-céus, editado em Brasília pela LGE; e de Dezembro Indigesto, também editado em Brasília, desta feita pela Bárbara Bela. Confesso, eu ainda não tinha lido os livros do Ronaldo, pois tenho me envolvido muito com o acompanhamento da poesia brasileira.
Agora, logo após o lançamento, já retornei para casa enfiado nos contos do Ronaldo. O amigo abordou temas cruéis, ambientados em Brasília, Cataguases, sua terra natal, e mesmo no Rio de Janeiro. Está ali o estupro, a viagem de metrô por Brasília, e outras solidões — a morte do pai...Mas cada um tem de ir lá conferir, senão não tem graça. Bota aí a solidão pra funcionar e vá às solidões do amigo Ronaldo Cagiano!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Ainda estamos aqui
Agradeço meus netos po r terem acolhido o convite para assistirmos juntos ao filme "Ainda Estamos Aqui". Fiquei feliz por encontra...
-
A um olmo seco Antonio Machado A um olmo velho, fendido pelo raio, e pela metade apodrecido, com as chuvas de abril e o sol de maio, saíram...
-
O processo de editoração é dinâmico, também. Os livros de poesia devem se aproximar da visualidade das páginas da internet. Papel que reflit...
-
Eu falaria sobre todas as nuvens, sobre todos os poetas, sobre todos os gravetos, da utilidade e da inutilidade de tudo que podemos enxergar...
"Dicionário de pequenas solidões", é um belo título. Adoro Contos. Nesses últimos tempos li - A mulher Gorila e outros Demônios do escritor José Rezende Jr. Grande livro também. Até mais e valeu pela dica.
ResponderExcluir