22 de julho de 2007

Novo poema

Se há ruídos detenções nos hangares
fuselagem mãos em carvão nos entrepostos
explicações às dúvidas de Orfeu
não vêm com os torsos de morte ou de alegria

Se há amplidão, fora de mim ela se esgota
E não há outra procura, outras perdições
Se houver outros guerreiros, outros heróis
em minha história não transitam

Não digladio com as ferramentas dos cuteleiros
E certamente forjam com fogo
e certamente martelam martelam
à espera dos guerreiros

Não me irradio com as lâmpadas
que certamente trouxeram ao Levante
Deixei-me sem a combinação das palavras
Deixei-me sem balas e o bônus de uma mão

Se há lugares para ilustrar plumas de explosões
fora de mim tudo se ilustra
Se há pólvora e se há herói
fora de mim tudo pensa fogo e tudo vence

@ Salomão Sousa

Um comentário:

  1. Gostei do seu poema, está muito bem escrito.
    (Também escrevo poesia, rimada, e sou amigo da Senhorinha.
    Abraço
    Joaquim Sustelo

    jsustel@hotmail.com

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Salomão Sousa sente-se honrado com a visita e o comentário

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