sobre a necessidade de montagem do poema acima da datação do real:
Está incompleta a boca.
Esqueceu o vértice de uns ombros,
da prata de uns umbrais.
Da possível palmatória na hora do crime,
das algas já em águas claras.
Não se lembrou do instante de inclinar
a palavra — a palavra que liberta o escravo.
Esqueceu de enfiar outra saliva
na travessia de uns umbrais.
Abandonou o sopro
diante do que dizer.
Se achou florida a calêndula,
deixou-se lêndea escrava nas escarpas.
Estão fundadas as ruínas de calar .
Esqueceu o vértice de uns ombros,
da prata de uns umbrais.
Da possível palmatória na hora do crime,
das algas já em águas claras.
Não se lembrou do instante de inclinar
a palavra — a palavra que liberta o escravo.
Esqueceu de enfiar outra saliva
na travessia de uns umbrais.
Abandonou o sopro
diante do que dizer.
Se achou florida a calêndula,
deixou-se lêndea escrava nas escarpas.
Estão fundadas as ruínas de calar .
Lindíssima poesia, Salomão!
ResponderExcluirOlha que tirei um tempinho para ler uns blogs hoje e esse foi o texto que mais me marcou até agora, lindo, lindo.
Voltarei.
Abraço, poeta!
ô Salomão, não irei à Bienal, mas minha tia que mora aí foi, ontem e hj :)
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