Para encerrar o fim de semana, fiz a tradução de mais um poema de Juan Ramón Jiménez. Estas traduções servem para me aproximar da poética deste grande poeta espanhol. Seus poemas são íntimos da vida e da natureza. Por isso, muito difícil entrar na sutileza de suas imagens. E difícil manter as suas rimas, por isso as raras traduções de seus poemas por aqui. E a preferência por Pedro Salinas e Lorca. O poema é do livro "Ruína":
Quem não tem um tesouro de nostalgia, de vida,
de ilusão? Oh, este campo, esta humilde ribeira,
abertos à tarde suave e de luz acendida,
dourados de românticos sóis de primavera!
Em todos os lugares vibra um coração latente
a oferecer o bom fruto e o esplendor eterno;
este não é mais que o ocaso dolente
e a ultralegria dos céus de inverno.
São as mesmas estampas. O distante horizonte
nunca se acaba... E há, de luz um fiozinho,
um fantástico monte, para cada destino
uma rosa de ouro ao retomar o caminho.
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Salomão Sousa sente-se honrado com a visita e o comentário