4 de março de 2008

Depois de muito pesquisar em livrarias argentinas, consegui a edição dos ensaios completos de Ernesto Sabato, pela editora Seix Barral. Admiro estes escritores que resistem diante dos problemas históricos de seus paises, e buscam reversão crítica para os ações corruptas da humanidade. Sabato participou dos trabalho de Tortura Nunca Mais. E, em muitos momentos se preocupa com o processo de desumanização do indivíduo, sobretudo pela convivências com a máquina. Em um texto ele lembra, com muita justiça, que as famílias, em vez de dar um animal-máquina para as crianças cuidarem, dessem uma avó ou um avô bem velhinho.

Sempre me emociono ao ler Sabato. Nele não há guilhotina, não há tina de merda, ou a erva da idiotice. Nele há humanismo.

Em uma homenagem a Che Guevara, na Universidade de Paris, ele lembra:

" Porque a sua morte tem disso: o valor de um símbolo. E nesta sociedade racionalizada que desertou, esqueceu e menosprezou os símbolos mais valiosos que o fervor e o sacrifício, pode encontrar em Guevara, com efeito, um romantismo tresloucado. Mas é precisamente esse romantismo, é justamente essa imagem heróica e solitária a que desperta a esperança e a coragem e a fé em milhões de jovens generosos nos quatro cantos da terra."

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