Recebi nesta semana vários livros que comprei por reembolso da editora Cosac Naif. Adoro as belas edições desta editora. Lamentável no entanto a tradução viciada de alguns livros. Em Oblomov, logo no primeiro parágrafo, aparece o horrível "cujo", que só serve para relatórios: é uma palavra de uso correto, mas em desuso. E o que está em desuso acaba soando fora de lugar.. Jamais Gontacharóv usuaria esta construção frasal. E, na linda edição de Contos de Lugares Distantes, do australiano Shaun Tan, aparece também na primeira frase uma construção completamente incompreensível. Eu não compreendo esta frase: jardim: "aquele que ninguém cortava a grama". Matou a minha vontade de ler livro. Eu não sei se é em que se é onde ou outra alternativa. As traduções a cada dia ficam menos literárias. Estou cansado do uso do verbo "nutrir" e do uso de "passante" para transeunte. Para desejo, amor, compreensão, comer, para tudo é nutrir.Dá enjoo. E tantos outros vícios. Nunca fiz curso de tradução, mas traduzir é aproximar o texto dos usos da língua, e não querer inventar ou introduzir novos usos.
A poesia é meu território, e a cada dia planto e colho grãos em seus campos. Com a poesia, eu fundo e confundo a realidade. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Anita documentario
Assisti ao documentario de Anitta "Larissa"". Para ser um filme para seu público, a Anitta do filme é banal, piegas e ocupa...

-
O processo de editoração é dinâmico, também. Os livros de poesia devem se aproximar da visualidade das páginas da internet. Papel que reflit...
-
A um olmo seco Antonio Machado A um olmo velho, fendido pelo raio, e pela metade apodrecido, com as chuvas de abril e o sol de maio, saíram...
-
Eu falaria sobre todas as nuvens, sobre todos os poetas, sobre todos os gravetos, da utilidade e da inutilidade de tudo que podemos enxergar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Salomão Sousa sente-se honrado com a visita e o comentário