Esfumaça-se a seiva do nome
na cera, na boca das turbinas
Vaga entre teares da infância
no fundo das valas, túmulos
em vozes que repetem a infinitude
E línguas buscam o nome nos tufos
nas turfeiras do hálito
em partituras de um cansaço aflito
E queimou-se na creolina, na cânfora
e nas amapolas, amperes de força
secou ampolas de androgenias
Esteve aceso no querosene
nas varejeiras, na ferida
em aéreo sumo de limões
e quase se inscreve nas estolas
nos corrimões do parlamento
em velas estiradas nas fronteiras
Mãos passam, quase apanham o nome
Quase a fusão das palmas
onde ele esteve, onde se esconde
Por pouco o nome descobre as raízes
por pouco racha a muralha do inimigo
O nome começa a abrir o postigo
a quem vai à cena queimar a terra
queimar as açucenas do sexo e das mãos
@ Salomão Sousa
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