Foto: Salomão Sousa
Se são pessoas com ação cotidiana de trabalhar, de fazer compras, de passear, podemos encontrar os poetas em todos os lugares. E nem haveria poesia se não houvesse um cotidiano onde os poetas agissem perto da natureza — se fosse diverso, a poesia seria insossa, insalubre, assim sem cor como um verme arrancado de um oco de pau. Sempre encontro o amigo José Carlos Pereira Peliano próximo da realidade, principalmente no ato de olhar, apalpar, escolher — como se fossem palavras — as frutas e as folhagens tenras na feira do CEASA. Encontro-o sempre com o maior ânimo diante da vida. Fazermos projetos nesses rápidos encontros, que, certamente, um dia cumpriremos.
Não basta uma safra, senão há a esterilidade. A poesia é meu território, e a cada dia colho grãos em seus campos. (Linoliogravura do fundo: Beto Nascimento
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